sexta-feira, 28 de março de 2008

Ajudando as empresas municipais!

Eu até gostava de trazer aqui qualquer coisa positiva, mas hoje vou ter que continuar a protestar!
Na 4ª feira, 26, fui com a minha filha a uma consulta de Oftalmologia ao Hospital D. Estefânia. Estacionei o carro cerca das 9h15m na R. D. Estefânia, mas no momento quase não tinha moedas, então coloquei 50 cêntimos no parquímetro. Também não pensava demorar-me muito, mas afinal acabei por ficar no hospital mais de 2 horas, não tendo hipótese de voltar ao carro para pôr mais moedas, uma vez que ela teve que pôr gotinhas nos olhos, esperar, mais gotas, esperar, voltar à médica, etc., etc.
Resumindo, quando finalmente saí do hospital e cheguei ao carro, os simpáticos srs. da Emel tinham-no bloqueado!! Isto em pouco mais de duas horas!
Dizer que fiquei revoltadíssima é pouco, porque de facto o que me passou pela cabeça e o que me apeteceu fazer, nem posso aqui revelar...
Entretanto seguiu-se uma das piores horas da minha vida: telefonemas infrutíferos, já que não conseguia falar com ninguém que queria. Os fatídicos telefonemas para a Emel, que nem se digna ter uma pessoa de carne e osso para nos ouvir (também imagino que ouviria das boas, por isso é que temos que falar para um estúpido atendedor automático!). E o pior disto tudo, é que nunca nos meus 40 anos de vida me senti tão ROUBADA!
Tive que pagar 60€ para me desbloquearem o carro!
Sinceramente, acho isto tudo um absurdo tão grande, que vou protestar junto de todas as instâncias que possa. Ainda se eu estivesse no cinema, ou refastelada nalguma esplanada... mas eu estava num HOSPITAL COM UMA CRIANÇA! É INCONCEBÍVEL!!
Eu até aceitava pagar uma multa, mas agora um valor escandaloso como este? Eu sei que a Câmara de Lisboa está falida, mas pelos vistos querem equilibrar as contas à custa da exploração desenvergonhada do cidadão comum.
Todos os dias vemos carros estacionados de qualquer maneira, a estorvar quem quer tratar da sua vida, e ficam impunes. Eu tinha o carro estacionado num lugar "legal", não estava a prejudicar ninguém, será justo partir-se logo para um bloqueio do carro numa situação destas? Por mim, acho injusto e indecente!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Amigos da Onça

Há uns dias vi, no programa da Oprah, uma entrevista a um desportista (é bastante conhecido, mas de momento não me recordo do seu nome) que contava que quando alguns dos seus "amigos" descobriram que ele tinha sida, em vez dos habituais abraços ou apertos de mão, passaram a acenar-lhe de longe, tipo, "olá, tudo bem?, mas não te aproximes muito, que isso pega-se"...
Eu, felizmente, não estou doente, mas tem-me acontecido uma situação que tem algumas semelhanças com esta. Actualmente estou a atravessar uma fase na minha vida que não se pode dizer propriamente que seja das melhores, e o que verifiquei foi que, certos "amigos" que eu julgava ter, ao contrário do que seria de esperar, também passaram a acenar do outro lado da rua, não vá aquilo ser contagioso...
Voltarei a este tema, de momento só quero agradecer a esses amigos, e dizer-lhes que podem sempre contar comigo.

terça-feira, 18 de março de 2008

Dia do Disparate


Por que será que de vez em quando temos um daqueles dias em que parece que não conseguimos deixar de fazer disparates atrás uns dos outros... Pelo menos a mim acontece-me com alguma regularidade...
Hoje de manhã saí de casa (já atrasada) para ir pôr a minha filha à escola. Caí na asneira de estacionar ao pé do recreio, o que me deixa sempre um bocado de pé atrás, porque acho aquilo uma grandessíssima rebaldaria. Se calhar estou a ficar velha, mas no meu tempo não era assim... Para agravar a situação, reparei que a auxiliar habitual da turma dela não esta, e estavam duas que eu não conhecia (oh, desgraça das desgraças!). Fiquei logo com uma sensação desconfortável, mas lá fui. Entrámos na escola, e quando chegámos ao bloco respectivo, a minha filha fez aquela carita de quem vai para o purgatório (ela não gosta nada de ir para lá durante as pausas lectivas...). Pronto, foi a gota de água. O meu coração, que já estava mais para lá do que para cá, derreteu de vez. E lá caí na asneira: "queres ir para o meu trabalho?" Claro que quis, não é?
E ela nem sequer tinha dito nada, foi tudo na minha cabeça, já estava a ver um cenário um bocado escuro, quando ela fez aquela cara de "felicidade", pronto!
Escusado será dizer que me arrependi, chamei-me nomes, etc., etc....
Afinal, acabou por me dizer que uma das auxiliares até era muito simpática (graças a Deus, que farta de gente antipática e malcriada estou eu!).
Foi comigo, (.....), e, depois de fazer vários desenhos, recortes, etc., acabou por ficar mais que aborrecida, eu chateei-me... e por aí fora.
Como se não bastasse, não levei chapéu de chuva, e ainda apanhámos uma molhazita à hora do almoço!
Então ela não tinha ficado muito melhor na escola, apesar de tudo? Agora acho que sim, mas... nada a fazer. A não ser que me lembre do sucedido na próxima vez em que me sentir a fraquejar!
Boas Férias (para quem as tiver...)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Para a minha irmã

A minha irmã Isabel terminou a sua Licenciatura em Tradução.

Parabéns, maninha!

Parabéns pelo esforço que fizeste durante estes anos, estudando e trabalhando sempre, e que difícil é quase sempre essa conciliação! Quanta correria, quantas refeições esquecidas, quantos nervos... Eu sei que foi com bastante sacrifício, mas vale sempre a pena...

Parabéns pelo 15 do estágio, quando estavas com tanto medo... Era só insegurança!
Eu quando li o relatório acho que até te tinha dado a nota 16! Olha que eles até foram forretas...

Já sabes como fiquei feliz, mas quis deixar esse facto registado de outra forma, para poder ser partilhado.

terça-feira, 4 de março de 2008

Geração dos mil euros

Acabo de ler a interessante reportagem do último número da revista Visão, intitulada "Geração em saldo".
De facto é lamentável a situação precária em que se encontram muitos jovens licenciados. Aqui há tempos começou a correr por aí que actualmente havia licenciados em excesso, mas afinal de contas até somos o país da Europa com menos licenciados... Portanto, o problema não está na quantidade, mas na falta de respostas para dar solução de emprego condigno a quem passa vários anos da sua vida a investir no futuro, e depois vê as suas expectativas goradas.
Mas, agora vou ter que puxar a brasa à minha sardinha, e lamentar ainda mais que eu, que por acaso já estou numa idade não considerada jovem (perto dos 40), me encontre numa situação semelhante ou pior... Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (quem mandou??), curso que praticamente só tem saída para o Ensino (até porque sou profissionalizada, fiz o Estágio integrado numa pós-licenciatura em Ramo de Formação Educacional), e já há dois anos que não obtenho colocação.
Conclusão: estou a trabalhar em part-time num Instituto de formação em pós-graduações, onde ganho 400 euros, a recibos verdes!!
É caso para dizer: neste momento, quem me dera fazer parte da geração "mil euros"!
Voltando à reportagem da Visão, tocou-me particularmente o caso de Cláudia Baptista, licenciada em Jornalismo, uma vez que é aqui dada relevância à falta de vergonha que têm estes empregadores, que estão efectivamente a explorar sem o mínimo pudor o trabalho destas pessoas, com as costas quentes por saberem que se aquele não aceitar as suas condições, há dezenas de outros prontos a aceitá-las, em desespero. Esta jovem, depois de cerca de ano e meio a dar o seu melhor numa rádio, quando pede o mínimo dos mínimos - que lhe pagassem a Caixa e o salário mínimo, recusaram!!!!! É impressionante!
E que dizer do caso da Inês, licenciada com 19 valores em Arquitectura de Interiores, e que neste momento está a pagar para estagiar, e ainda por cima com um horário escandaloso, para a situação em que se encontra. É uma vergonha!
E concordo que o grande problema de toda esta situação é a conivência do Governo, já que toda a gente sabe que abundam os falsos recibos verdes e ninguém tem coragem para acabar de vez com esta infâmia!

domingo, 2 de março de 2008

Um brinde aos que protestam

Venho aqui hoje congratular-me por ter visto tanta gente na rua a protestar contra as políticas deste Governo. Apesar de não ter participado, estou agora decidida a ir para a rua no próximo dia 8, juntar-me aos protestos dos professores. É revoltante assistir ao modo como os professores estão a ser tratados.
Já não basta ter a fama sem proveito de ter um horário de trabalho invejável?!? (Por que será que algumas pessoas se esquecem que um prof. que tenha 6 ou 7 turmas tem cerca de 200 alunos, o que equivale a 200 testes para corrigir, várias vezes por ano, 200 trabalhos X várias vezes, 200 fichas, etc., etc.).
Já não basta ter que aturar alguns "meninos" mal-educados, arrogantes e impertinentes?
Já não basta tirar um curso de 4 anos + 2 anos de Formação Educacional e depois integrar a famigerada lista dos não-colocados?
Agora ainda têm que se sujeitar a uma avaliação cujos critérios são mais do que duvidosos?
Eu concordo que os professores sejam avaliados, mas por quem tenha competência para isso. Infelizmente conheço casos (raros, diga-se) de professores cuja aptidão para leccionar é bastante contestável, o que é de lamentar. Mas aqui vamos à velha história de que isso acontece em todas as profissões... Eu, por exemplo, adorava que os médicos fossem avaliado; e os juízes; e também muitos funcionários do sector da restauração, que hoje em dia nos tratam como se estivessem a fazer-nos um enorme favor, e ainda nos dão comida de má qualidade! Isto para dar apenas alguns exemplos...
Bom, deixemos por agora os professores em paz, que bem merecem.