quarta-feira, 28 de maio de 2008

Lucidez


To break out of the chaos of my darkness...





...into a lucid day, is all my will


Stephen Spender, «The Still Centre», 1935

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Massa à moda das manas


No Sábado, eu e a minha mana resolvemos fazer uma massa para o almoço. Depois de dar uma vista de olhos em várias receitas, optámos por um Esparguete à Carbonara, cuja receita está no livro MASSAS (Colecção Minilivros, Grandes Receitas, da Impala), e é a seguinte:
(para 4 pessoas)
400g esparguete
350g bacon
2 colheres (sopa) de azeite
1 raminho de tomilho
4dl natas
2 gemas
100g queijo mozzarella
sal e pimenta q.b.

1. Cozer o esparguete. Entretanto, cortar o bacon em tiras pequenas e alourá-las no azeite, juntamente com o tomilho picado. Verter as natas e temperar com um pouco de sal e pimenta.
2. Assim que a mistura começar a fervilhar, adicionar o esparguete, previamente escorrido, e envolver bem. 3. Retirar do lume e incorporar as gemas batidas. Acrescentar o queijo e misturar. Servir de imediato.
*****

Chegadas ao supermercado, resolvemos substituir o esparguete por fetuccine (eu gosto mais, e a minha irmã tb é fã). Quando chegou a vez de comprar a erva aromática, ficámos indecisas: tínhamos visto tantas receitas que, de repente, já não sabíamos se para aquela era manjericão ou tomilho! (Cozinheiras experientes...) Optámos pelo manjericão.

Quando chegámos a casa, verificámos que afinal naquela receita era mesmo o tomilho. Paciência! Voltar ao supermercado estava fora de questão! Foi assim mesmo.
Já no final da confecção, nova alteração: usámos queijo parmesão em vez de mozzarella.
(Convém esclarecer que eu quase nunca sigo as receitas à risca, acabo sempre por fazer uma ou outra alteração, mas desta vez excedemo-nos).
Mas o que é certo é que a massa ficou muito boa, até porque cozinhar é inovar, não é verdade? Nem sempre resulta, mas desta vez ficámos contentes com o resultado. De qualquer modo, tencionamos voltar a fazer o prato com a receita original... até para ver qual é que resulta melhor... ahahah
(Entretanto, já vi outras versões que levam ingredientes diferentes, p. ex. leite, por isso acho que fizemos bem em inventar um bocadinho.)
Para a sobremesa, a maninha já tinha preparado a "Serradura" (com mousse de chocolate) cuja receita vem no Canela Moída, e estava uma delícia!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Estão mexendo no meu bolso!

É uma pena que haja pessoas com o cérebro ainda mais pequeno do que o deste bichinho (sem ofensa para ele, tadinho)



Como seria melhor se tivessem antes a sabedoria deste belo animal...




Hoje é dia de desancar...

Estou a começar a ficar um bocado farta que certas empresas me andem a meter a mão no bolso, isto para ser delicada... Aqui há tempos foram os queridos da EMEL, e logo nada mais nada menos do que 60€!!

Agora, são os "Transportes da Região de Lisboa": aqui há tempos o meu cartão "Lisboa Viva" deixou de funcionar, vá-se lá saber porquê. Parece que desmagnetizou, mas acontece que eu não tenho culpa nenhuma que isso tenha acontecido!! Dirigi-me a um posto de renovação de cartões e, qual o meu espanto, quando a menina me diz que tinha que pagar 7€ pela renovação do cartão ou 10€ se fosse com urgência! Isto porque já tinha passado o prazo de garantia do cartão!!??!! O que eles inventam para nos esmifrar! Quer dizer, o cartão está impecável, em óptimo estado, não está dobrado, danificado, nem nada do género, e agora passa para cá 7 euros!! Mas porquê, se EU NÃO ESTRAGUEI O CARTÃO!!!

Que bom que era se as coisas funcionassem como deve ser!

Hoje de manhã entrei no Centro Comercial Vasco da Gama, com o simples intuito de levantar dinheiro num Multibanco. Simples, julgava eu! Logo ali à entrada existem 3 máquinas. A 1ª dizia qualquer coisa como "dirija-se ao multibanco mais próximo"; a 2ª tinha uma fila já considerável; a 3ª não tinha ninguém, mas tb não tinha dinheiro! Será possível? Depois, nestas alturas, há sempre umas queridas que se lembram de ir pagar as contas todas, borrifando-se para quem esteja à espera para uma operação supostamente rápida. Resumindo: um tempão perdido, o que era evitável se os responsáveis (será que existe alguém responsável por alguma coisa por estas bandas?) pela manutenção das máquinas estivessem mais atentos. Não se admite uma situação destas, num local com tanto movimento. Por que é que complicam a vida das pessoas? Bem fazia a minha avó, que guardava o dinheiro debaixo do colchão, e não tinha que estar numa fila para o tirar de uma parede!!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bolo de chocolate com cerejas

E não é que o bolo (sonhado a semana passada) ficou mesmo uma delícia?




As fotos foram tiradas com telemóvel, mas dá para ter uma ideia...
A receita foi tirada do belíssimo A Taste in Heaven (embora tenha feito umas ligeiras alterações...) e é a seguinte:
Para a massa:
4 ovos
1 chávena de leite
100g de manteiga, amolecida
2 colheres de açúcar*
2 chávenas de farinha de trigo
1 chávena de chocolate em pó
1 colher (sopa) de fermento em pó
*esta quantidade de açúcar pareceu-me muito pequena, por isso aumentei um pouco. Será 2 chávenas em vez de 2 colheres? Eu pus uma chávena.
Batem-se todos os ingredientes, excepto o fermento, no liquidificador (coloquei primeiro os líquidos e só depois os sólidos). Depois, acrescenta-se o fermento e mexe-se delicadamente. Coloca-se a massa numa forma untada e enfarinhada. Leva-se ao forno pré-aquecido a 180 graus, cerca de 35/40 minutos.
Para a cobertura:
Derreter em banho-maria 500g (eu usei só 250g, até porque o bolo fica pequeno) de chocolate meio-amargo picado com 3 colheres (sopa) de manteiga e 1 colher (sopa) de água. Espalhar a cobertura ainda quente sobre o bolo e deixar arrefecer antes de cortar.
A decoração foi a sugerida pela Carol (ver post anterior), ou seja, metades de cereja à volta e um morango no centro. Muito bom!!
Já há planos para um próximo: aumentar a dose de massa, para poder parti-lo ao meio e rechear com o creme de chocolate e mais cerejas. Dupla delícia!



terça-feira, 13 de maio de 2008

Alma


Não sei quantas almas tenho.

Cada momento mudei.

Continuamente me estranho.

Nunca me vi nem achei.

De tanto ser, só tenho alma.

Quem tem alma não tem calma.

Quem vê é só o que vê,

Quem sente não é quem é,


Atento ao que eu sou e vejo,

Torno-me eles e não eu.

Cada meu sonho ou desejo

É do que nasce e não meu.

Sou minha própria paisagem,

Assisto à minha passagem

Diverso, móbil e só,

Não sei sentir-me onde estou.


Por isso, alheio, vou lendo

Como páginas, meu ser.

O que segue não prevendo,

O que passou a esquecer.

Noto à margem do que li

O que julguei que senti.

Releio e digo: "Fui eu?"

Deus sabe, porque o escreveu.


Alberto Caeiro

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Renovação


«Cada momento da vida é um novo ponto de partida, à medida que nos afastamos daquilo que é velho. Este momento é, para mim, aqui e agora, um novo ponto de partida.»
Louise Hay, You can heal your life

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Não vê o problema??!!??!!??

Hoje a manchete do jornal "Metro" é a seguinte: «Condenados por pedofilia podem adoptar crianças».
Eu confesso que, quando vi isto, pensei que era consequência de vir ainda um pouco ensonada... mas não, era mesmo o que eu estava a ver! Não é inacreditável? Como é que a Lei pode permitir semelhante aberração? «A lei determina a limpeza do cadastro após 5 a 10 anos, mesmo por crimes de pedofilia ou violação.» Ou seja, se uma destas criaturas (que, ainda por cima, pelo que tenho lido e ouvido, têm uma forte tendência para reincidir), resolver adoptar uma criança (isto chega a ser arrepiante!), passados aqueles anos, tem a "ficha" limpa, é como se não tivesse cometido nenhum crime na vida.
Eu, para dizer a verdade, ainda nem estou a acreditar que isto seja possível. Claro que estamos a falar de situações hipotéticas mas, a ser verdadeiro tudo isto, podem acontecer a qualquer momento. É tenebroso!
Como se tudo isto não fosse já suficiente, quase no final da notícia vem aquilo que me chocou ainda mais: o presidente do Observatório Permanente da Adopção diz nada mais nada menos do que isto: « Se já não tem cadastro, não vejo o problema. Não me impressiona» (?????)
Confesso que ao ler isto, cheguei a sentir o chão tremer debaixo dos meus pés! Até agora ainda não estou a acreditar nisto tudo, devo estar a ter um pesadelo, do qual espero acordar a qualquer momento...