terça-feira, 28 de junho de 2011

Vamos lá então...

ao cinema?

Cena do filme A Vida é Bela

 Na sequência deste questionário sobre Livros, chegou agora a vez dos filmes. Aqueles filmes que vale mesmo a pena ver, e rever. Os filmes que deixaram marcas.



1. Existe um filme que nunca te canses de ver?

Um dos filmes que até agora ainda não me cansei de ver é  África Minha , de Sydney Pollack. Adoro o filme, a fotografia, os actores. Adoro África.


2. Algum filme te fez abandonar a sala de cinema a meio da sessão?

Sim. O filme Sapatos Pretos, de João Canijo. Não aguentei a violência de algumas cenas, que achei exagerada  e desnecessária, e para mim insuportável.

3. Se escolhesses um filme para ser o filme da tua vida, qual seria ele?

E tudo o vento levou, de Victor Fleming. Sem comentários.

4. O que achas do cinema nacional? 

Ai, ai, ai. Não conheço o suficiente para me poder pronunciar. Vi muito poucos filmes para poder classificar o cinema português contemporâneo. Mas depois de ler o post da Moira, prometi a mim mesma que vou conhecer mais, para poder consolidar a minha opinião a esse respeito. :)
Adorei Mistérios de Lisboa, um filme com actores portugueses, baseado na obra de Camilo Castelo Branco, mas realização do chileno Raoul Ruiz. Mesmo assim, considero-o um (excelente) filme português. :)
Há uns bons anos, vi  Pesadelo Cor-de-rosa , de Fernando Fragata. Na altura gostei, mas já só tenho uma ideia vaga.
E pouco mais. Vi Amália, o filme, de Carlos Coelho da Silva, e não gostei muito. Nem sei explicar porquê. Achei os actores tão falsos...
Do aclamado Manoel de Oliveira, só vi Non ou a Vã Glória de Mandar. Um grande filme, sem dúvida.

5. Qual a cena mais bela e inesquecível que alguma vez viste num filme?
São muitas, é difícil, desfilam-me tantas pela cabeça, não consigo escolher uma. Acho que vou deixar este assunto para desenvolver mais tarde. Depois faço uma selecção de cenas inesquecíveis. 

6. Qual o actor ou actriz que te faz ir ao cinema?

Meryl Streep, sempre.  E Dustin Hoffman.

7. Tens algum autor/realizador preferido?

Não.

8. Indica alguns dos teus filmes preferidos.

Gandhi, de Richard Attenborough;  Uma História Simples, de David Lynch;  As Pontes de Madison County, de Clint Eastwood; Cinema Paraíso de Giuseppe Tornatore, O Carteiro de Pablo Neruda, de Michael Radford;   África Minha, de Sydney Pollack; A Vida é Bela , de Roberto Benigni. Acrescento: Acabei de me lembrar de mais um que adoro: Billy Elliot.

9. Qual o último filme que viste?

Os Rapazes da minha Vida, de Penny Marshall.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Compro o que é nosso?

Como se sabe, está a decorrer em Portugal a campanha "Compro o que é Nosso"

 como forma de incentivo ao consumo de produtos nacionais, com o objectivo final de estimular e fazer crescer a nossa economia, que como todos sabem anda pelas ruas da amargura. Até aqui tudo bem, totalmente de acordo. Mas o que me levou a trazer aqui este assunto foi a constatação da tremenda hipocrisia das grandes superfícies comerciais, hipermercados e afins, que apregoam aos quatro ventos, seja em grandes cartazes, até em outdoors, seja na rádio e tv, em slogans publicitários, que o lema deles é a defesa da produção nacional. Mas que grandes aldrabões! Estive a analisar em concreto a situação nas secções de fruta, andei de bloco em punho a tomar notas de origens e preços, devo ter ficado registada nas câmaras de vigilância :)

No hipermercado do elefante, que é o que eu frequento mais, sempre achei que a secção de frutas e legumes era o calcanhar de Aquiles. Mas nem tinha bem noção da situação verdadeira. Um dos slogans que agora podemos ler na secção da fruta é "A nossa bandeira é a produção local". A sério??? As únicas frutas portuguesas que lá encontrei foram laranjas (muito boas, do Algarve), maçãs e nectarinas. De resto, tudo proveniente do país vizinho
As cerejas, a minha fruta preferida, continuam a um preço escandaloso (as portuguesas). No entanto, sei de fonte segura que em certas regiões, não tão longe assim da capital, há largas centenas de árvores carregadinhas, e os donos não lhe dão vencimento, nem têm comprador. No entanto, as cerejas espanholas continuam muito, mas muito mais barata. Eu confesso que não entendo nada dos mecanismos de abastecimento dos supermercados, mas faz-me confusão como é que os espanhóis conseguem vender a fruta tão mais barata do que a nossa, apesar dos gastos com os transportes. Há aqui qualquer coisa que me escapa... 


Cerejas portuguesas, da Serra da Gardunha - €3,49/kg
Cerejas espanholas - €0,99 (cx de 1/2 kg) - €1,98/kg


 A meloa era espanhola, mas isso até já se tornou habitual.
Agora o que me deixou mesmo de queixo no chão foi verificar que até os melões e as melancias, uma produção tipicamente portuguesa, também falavam castelhano. Assim como as ameixas.
O supermercado PD diz "O melhor de Portugal está aqui". E garante que 70% dos hortícolas são de produção nacional. Mais uma vez pergunto: a sério? Não foi o que vi quando lá fui comprar fruta. Mais uma vez, exceptuando as laranjas, pouco mais vi da produção nacional. Ameixas e maçãs. Quanto ao resto, pêssegos, alperces, nêsperas, meloa, etc., etc. tudo de Espanha.
Nos do tio Belmiro a coisa não é diferente. Mais uma vez, as laranjas fazem as honras da casa. Algumas maçãs e nectarinas, e pouco mais.

Os pêssegos, que nós temos com fartura em quantidade e qualidade, também não se encontram nos citados espaços comerciais. Encontram-se agora por todo o lado aqueles pêssegos espalmados (paraguayo), que vêm ali do lado, claro. Pêssegos portugueses não encontrei em nenhum dos hiper aqui da zona. Alperces, espanhóis (horríveis, sem sabor).

Quer dizer, eu sinceramente até nem tenho nada contra os espanhóis, agora contra as invasões espanholas sim! Isto já é mania, pá! Ao longo da História aconteceu diversas vezes, agora que felizmente estamos em temos de paz, deparamo-nos com a invasão económica.Não há condições. 


Nos próximos dias vou fazer umas visitas às frutarias tradicionais, que me parece serem os únicos locais onde realmente posso comprar o que é nosso. E bom. Barato é que não garanto, apesar dos preços vergonhosos que muitas vezes são pagos ao produtor. Tenho muita pena. 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Acabaram as aulas, acabou o 1º ciclo

Quando pensei em fazer este post, lembrei-me da querida Heloísa, cujo blog, caso ainda não conheça,  pode ficar a conhecer clicando aqui.
 É um blog que aborda variados assuntos, desde temas da actualidade até memórias de outros tempos, sempre com opiniões pertinentes sobre temas que interessam a todos nós. No entanto, de vez em quando, a Heloísa coloca um aviso nas suas postagens: «conversa de vovó»! Claro que isso acontece quando ela conta historinhas relacionadas com a sua neta fofa. E foi por isso que me lembrei dela, pois hoje vai sair «conversa de mãe babada»  :)




Pois é, acabou mais um ano lectivo, mas terminou também um ciclo de ensino, e quanto a mim, sem dúvida, um dos mais importantes, pois é a base fundamental para tudo o que se segue. Tivemos a sorte de poder contar com professores muito bons, diria até excelentes. Infelizmente não foi o mesmo professor nos quatro anos, foi um professor do 1º ao 3º, e no 4º ano uma professora. Pensei que essa mudança ia ser um problema, e quando soube fiquei mesmo muito zangada, já que isso se deveu a questões internas da escola que podiam ter sido resolvidas de outra maneira. Mas felizmente acabou por correr tudo bem, a adaptação à professora nova foi boa, o que pude comprovar logo no final da primeira semana de aulas, em que ela já estava a ser contemplada com um desenho daqueles especiais, em que mais parecia a "princesa professora". :))
Foi um bom sintoma de que tudo estava a correr bem.
Mas afinal a que é que se deve a baba? Pareces parva, o que é que isto tudo tem de especial? (ouvi aqui uma vozinha a dizer-me coisas ao ouvido, mas vou ignorá-la.)
E pronto, para não ser muito chata, só quero dizer que estou muito contente. Os resultados das provas de aflição (provas nacionais de aferição de conhecimentos) foram melhores do que eu pensava, principalmente a Matemática, que supostamente não tinha corrido lá muito bem...  até esperava o Muito Bom a Língua Portuguesa, mas fiquei agradavelmente surpreendida com o  Bom a Matemática. (Aliás, estas provas têm classificação de A a E, mais uma influência americana, nunca se viu nada disto no nosso sistema de ensino, mas enfim.) Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo o 98% a Língua Portuguesa, na prova interna. Aí é que foi baba e mais baba (desculpem, mas aqui teve mesmo que ser). :)
Que convencida, aqui a gabar-se das notas da filha...  (alguém ouviu alguma coisa?)

Termino com umas fotos da festa de encerramento do ano lectivo, cujo tema foi o Romantismo. Foi uma festa muito bonita, como sempre. O cenário é uma recriação do Palácio da Pena e Castelo dos Mouros, em Sintra.
Festa de encerramento do ano lectivo e entrega de diplomas

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A curiosidade...



... matou o gato!



 

(salvo seja! cruzes canhoto!)



A minha irmã já caiu daqui, precisamente desta janela... 

mas estes pássaros são cá uma tentação...



Ai quem me dera apanhar um...  


Que pena não ter umas asinhas... 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

BCFV - Juventude


Dia 15, cá estamos em mais uma Blogagem Colectiva Fases da Vida, desta vez dedicada à Juventude. 

 (Ai) Quem me dera... ter outra vez vinte anos...
25

mas saber o que sei hoje... 


São frases feitas, são até letras de canções um tanto ou quanto trágicas, que tantas vezes se ouvem, mas que agora até começam a fazer um bocado de sentido... 
já estou a ficar pitosga, tenho dores nas articulações quando o tempo arrefece, resmas de cabelos brancos... em suma, a velhice aproxima-se a passos largos! :))
Por outro lado, há sempre aquele diabinho aquela vozinha no nosso ouvido: se tivesses feito assim, ou assado... as coisas seriam diferentes... devias ter feito aquilo e não isto, devias ter ido por ali e não por aqui... etc., etc.

Bom, mas hoje estamos aqui para falar da juventude, portanto vamos fazer uma grande viagem no tempo, e aterrar algures nos finais dos anos 80. 

Estive um bocado bloqueada para falar desta fase, ao contrário das anteriores. Finalmente, resolvi destacar três pontos da minha juventude que me marcaram, de maneiras totalmente diferentes.

O primeiro destaque vai para o facto de ter sido madrinha desta linda menina


que hoje já tem 24 anos :/


Adorei ser madrinha dela, era uma boneca linda e doce, que eu adorava e que também gostava muito de mim. Recordo-a sempre a correr para mim com os bracitos abertos com uns 3 aninhos, era a coisa mais fofa!!
Agora cresceu... só a vejo uma ou duas vezes por ano, não vive em Portugal. Enfim. Mas posso dizer que aproveitei bem quando ela era criança. :)


O outro destaque vai para a mais bela cidade do mundo,


que tive o prazer de conhecer já há quase vinte anos, e que simplesmente adorei - e onde quero voltar, caso seja possível.
Foi tão emocionante chegar perto do Sena, todas aquelas pontes, chegava a ter a sensação de estar num lugar mágico. Sentia-me aos pulinhos por dentro, como uma borboleta. Oh, cidadezinha mais linda, a cada esquina se descobrem pormenores lindos da arquitectura, monumentos fabulosos, e, claro, a emoção de estar no cimo da Torre Eiffel - que vista deslumbrante!

Finalmente, quero destacar da minha juventude a minha Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, que tirei por gosto, mas cuja escolha questiono tantas e tantas vezes, já que, quase vinte anos depois, continuo sem colocação fixa e efectiva nessa área. Apesar de ser uma licenciatura a sério: 4 anos + 2 de Ramo Educacional - estágio. Em qualquer local do planeta, devia ser garantia de maior estabilidade, não seria isso mais que justo? Mas enfim, agora não é hora de chorar... 

A minha pasta de finalista, com as fitas azuis (as mais bonitas)  :)
 E sou mesmo eu na foto aí em cima, só tive que a cortar porque estava lá uma pessoa por motivos que agora não interessam nada. :)
A maior parte das fotos está em casa da minha Mãe, não as trouxe a tempo. Fica para outra ocasião.

E, já que esta está a ser uma postagem meio saudosista, aproveito para recordar os tempos em que tinha menos treze quilos... :)))

saudade... da elegância :))
Foto tirada na Figueira da Foz. Não uma vulgar ida à praia, mas mais em jeito de passeio, daí o original fato-de-banho. Aliás, todas as pessoas que aparecem na foto estão vestidas. Quem conhece a  Figueira sabe que em certos dias, ao fim da tarde, não é brincadeira... já lá passei muitas noites de Agosto bem fresquinhas.

E pronto, cá vamos andando alegremente de fase em fase. Até à próxima, então. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pausa para sol



 A pouco mais de uma semana do início do Verão, o tempo tem estado com cara de Outono.
Ontem foi excepção, como tal foi tempo de aproveitar a temperatura amena e o céu azul. 

Corpo e alma desesperam por SOL.




Muito bonita, a ponte 25 de Abril, uma mocinha da minha idade, nasci no dia seguinte ao da sua inauguração.

convém ampliar :)




 Abundância de caranguejos, é só esticar o braço (coisa que eu não fiz...)


 Barcos também havia muitos, e para todos os gostos...



Um bom local para uma caminhada.



 No entanto, houve quem se queixasse de cansaço... depois temos que fazer o caminho todo de volta...



Mas as intrépidas manas querem é andar à beira-mar e retemperar forças ao solinho, que bem precisam! 
 

 
Acompanhadas por um marinheiro de água doce, antigo pescador no mesmo oceano, embora noutro hemisfério.

 


Em suma, este foi um tempo para

sábado, 11 de junho de 2011

Alguns livros que deixaram marcas

A menina Anabela Cenourita Julião, ilustre proprietária de um conhecido estabelecimento sem fins comerciais, lançou um desafio ao qual só agora respondo, por me encontrar atacada de um  grave estado de preguiça lassidão, e outros males similares...

Mas, uma vez que se trata de livros, lá pedi licença a um braço para mexer o outro, e cá vão as minhas respostas ao questionário: 

1. Existe um livro que leias e releias várias vezes?

Sim, por exemplo "Os Maias", de Eça de Queirós,  que já li três vezes (apesar do seu tamanho).  "A Casa dos Espíritos", da Isabel Allende. Muitos do Miguel Torga.

2. Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?

Não fiz assim tantas tentativas, mas nunca consegui ler nenhum livro do Lobo Antunes.


3. Se escolhesses um livro para o resto da tua vida, qual seria ele?

Como assim? Sô p'ssora, não percebi a pergunta... só podia ficar com um? Não sei... vou ter que pensar melhor...

4. Que livro gostarias de ter lido mas que por algum motivo nunca leste?

Muitos, principalmente por falta de tempo, mas, ao preço a que eles estão, também por falta de verba.  

E, por motivos diferentes, o "Ulisses", de James Joyce. Depois de tanto o ter ouvido enaltecer, foi frustrante não conseguir lê-lo. Pura e simplesmente não conseguia avançar na leitura, parecia que estava escrito noutra língua (seria da tradução?) - este está-me atravessado...

5. Que livro cuja "cena final" jamais conseguiste esquecer?
Não foi propriamente a cena final, mas sei que me fartei de chorar quando li o "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco. Tinha aí uns treze anos, e aquele dramalhão mexeu comigo de tal maneira, que chorava que nem uma Madalena. De tristeza e de raiva.

6. Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual o tipo de leitura?

Sim, li imensos livros dos Irmãos Grimm e da Condessa de Ségur, e outros desse género, na Biblioteca que ficava perto da minha casa, mesmo ao lado da Escola onde frequentei o Ciclo Preparatório (hoje 2º ciclo - 5º e 6º ano). Ainda recordo o prazer que me davam esses livros grandes, encadernados, com belas ilustrações. Como eu os adorava. 
Mais tarde também li com prazer os "livros dos Cinco", como eram conhecidos ("Os Cinco", da Enid Blyton). 

7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?

Quando acho mesmo um livro muito chato, não o leio até ao fim. Ler um livro não deve ser um sacrifício, pelo contrário. Em tempos tive esse preconceito, não me sentia bem em "abandonar" um livro, mas hoje em dia, não. Leio quando essa leitura me faz sentir-me bem, caso contrário não tenho escrúpulos em fechá-lo...  para sempre, ou talvez não...


8. Indica alguns dos teus livros preferidos.
Ai, mãe. 

"Os Maias", de Eça de Queirós; 
"As Vinhas da Ira", de John Steinbeck;
"A Sombra do Vento", Carlos Ruiz Zafón
"Capitães da Areia", Jorge Amado;
Alguns do Hemingway, por exemplo "Por Quem os Sinos Dobram" e "O Adeus às Armas";
"A Casa dos Espíritos", Isabel Allende;
"O Exílio", Pearl Buck
"Um Quarto que seja Seu", Virginia Woolf
"Diário", de Miguel Torga
"Estação das Chuvas", José Eduardo Agualusa

Chega? Posso continuar... 

9. Que livro estás a ler neste momento?

O "Diário" de Anne Frank 


Não vou passar a bola, mas quem quiser agarrar esta ideia, esteja à vontade.