sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O malvado balanço

É inevitável.
Chega a esta altura e, quer queiramos quer não (pelo menos comigo é o que acontece...) a cabeça começa a rebobinar a fita, e no computador cerebral está programado que o dia 31/12 é dia de fazer balanços, e começar a preparar os planos para o próximo ano, que já aí vem a gatinhar.
E que ano que este foi! Foi sem dúvida um ano de situações extremas, para mim. A nível profissional, aconteceu-me uma mudança muito, mas mesmo muito boa! Há quanto tempo não tinha motivos para dizer algo semelhante a isto! Por outro lado, este ano vi-me em situações nas quais nunca, mas mesmo nunca, imaginei encontrar-me. Mas isso agora É PASSADO, é essa a grande vantagem do passar do tempo. Quando julgamos (ou estamos) no fundo do poço, parece-nos que é assim, e assim será para sempre. Mas não! A famosa luzinha ao fundo do túnel acaba por se acender, mais tarde ou mais cedo. (Apesar de que ouvi dizer que o Governo, por motivos de poupança, também já tinha mandado desligar a luz ao fundo do túnel... hehehe).
Acabo este ano com esperanças de melhoria, apesar da crise, apesar de muitos problemas que ainda me assolam, apesar de todos os apesares... é sempre uma renovação, mais uma oportunidade de nos reinventarmos, de reinventarmos a nossa vida, de tentarmos (e conseguirmos) criar uma vida melhor. Feliz Ano Novo!

FELIZ 2011!


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

É Natal!


Muito se tem especulado sobre a "verdadeira" data do nascimento de Jesus. Muito se tem discutido o facto de andarmos a comemorar uma data sem sentido, porque Cristo não nasceu no dia 25 de Dezembro.
Mas agora, pergunto eu: O que é que isso importa? Trata-se de uma data simbólica!
Jesus nasceu, não nasceu? Acho que aí não restam dúvidas. Uma vez que não podemos ir à Conservatória do Registo Civil pedir uma certidão de nascimento, não me perturba nada que tenha sido escolhida uma data simbólica para comemorar o seu nascimento.
E eu comemoro-o, porque para mim Jesus Cristo foi um exemplo a seguir, foi O exemplo a seguir. Pelas suas crenças, pela sua atitude, pela sua vida.
Claro que hoje em dia o lado consumista do Natal assumiu proporções que nada têm a ver com a vida que Jesus levou, mas Ele não tem culpa nenhuma disso...
E depois, acho linda e mágica toda a atmosfera natalícia, as músicas (algumas...), as decorações, as cores e brilhos. Tudo isto pode não ter nada a ver com Jesus, mas é bonito e mágico.
Também devo dizer que gosto mais ou menos desta época conforme o estado de espírito da altura. Já houve natais em que me apeteceu hibernar e acordar só a 15 de Janeiro... mas isso são coisas que fazem parte da vida. Este ano, felizmente, estou de bem com o espírito natalício, por isso desejo a todos um
FELIZ NATAL!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Instantâneos

As vindas ao(s) blog(s), meus e das pessoas que costumo visitar, ainda não voltaram ao ritmo habitual... circunstâncias diversas têm contribuído para que por aqui não tenha havido muitas movimentações... falta de condições propícias, alguns assuntos importantes por resolver - mas aos poucos as coisas vão-se compondo.

Entretanto, a vida continua a seguir o seu ritmo. Alguns momentos ficam registados pela câmara, outros apenas na nossa memória.

Aqui uma ida ao Mercado de Sabores, que decorreu no passado fim-de-semana no Pavilhão Atlântico, e que teve direito a reportagem fotográfica, e até à presença da estrela Leopoldina...
Na foto superior do lado direito, uma aula permitiu aprender (quase) todos os segredos do fabrico do queijo.

Por falar em queijo, que perdição...........
Queijo e peixe não formam a melhor das combinações, mas foi o que se pôde arranjar em termos de fotos.

Este Mercado de Sabores foi patrocinado pelos hipermercados Continente (publicidade grátis) e contava com a participação de produtores nacionais, representantes do Clube de Produtores Continente.
Havia vários espaços de exposição, cada um dedicado a uma região do país e aos seus respectivos produtos. Em cada stand podíamos não só adquirir esses produtos, como também prová-los, para ver se valia a pena comprá-los :) no meu caso, se fosse comprar todos aqueles que me agradavam, trazia um camião... podíamos encontrar carne, peixe, frutas das mais variadas regiões, legumes, pão, produtos de charcutaria, vinhos, azeite, sei lá, uma imensidão de produtos de qualidade que apetecia mesmo vir para casa com um bocadinho de cada um deles. Ah, também havia caracoletas, bem grandonas, mas essas dispenso... blhec...

Também estiveram presentes 5 chefs portugueses. Quando visitei o mercado estava lá o chef Olivier, que além de fazer umas demonstrações da sua arte, ainda explicou que se chama mesmo Olivier, que não afrancesou o nome só para ser mais in... :))

Bem, valeu mesmo a pena. O que me deixou mais água na boca foi a farinheira assada com broa, do Fundão. E os queijos? E o vinho moscatel de Setúbal? Ai meu Deus, tanta coisa boa. Na bagagem veio o excelente requeijão de Seia (que delícia!), a paiola do Fundão e a tal farinheira, e ainda o belo ananás dos Açores. É caso para reforçar os slogans: O que é nacional é bom ou Compro o que é nosso. Vale mesmo a pena!


E para terminar estes instantâneos, ficam registadas as saudades que o gato amarelo tinha da sua donazinha, que mal ela chegou da escola foi-se-lhe logo aninhar no colo, nem lhe deu tempo para tirar a bata e pousar o chapéu e a bolsinha do lanche...

sábado, 18 de setembro de 2010

De volta, com a alma cheia




De volta, finalmente. Depois de uma longa ausência, nada melhor para retomar aqui a actividade do que com as maluqueiras de um gatinho (gatarrão...) muito abusador, que não só tem a mania de se meter onde não é chamado como, tal como qualquer gato que se preze, deixa quase sempre o rabo de forNegritoa...




Entretanto, aproveito para partilhar também algumas fotos tiradas no início do mês, na linda e verdejante zona da Serra do Caramulo, no distrito de Viseu.
Verdejante mas também muito pedregosa, mas compensa totalmente subir os duzentos e muitos degraus em pedra para poder observar, lá do cimo, uma paisagem perfeitamente deslumbrante, a perder de vista.




A Serra está salpicada de pequeníssimas aldeias, na sua maioria com casas de granito, totalmente idílicas, que nos transportam para um mundo irreal, que nos fazem mesmo recuar no tempo, nalguns casos, alguns séculos...


Aqui o ponto de partida para a subida ao miradouro do Caramulinho.


E finalmente lá em cima...

É uma sensação indescritível a que se vive lá no cimo, em total comunhão com a natureza. Só o ar puro e as fragas. E a vista, de encher a alma.

Aqui a milenar aldeia de Ferreirós do Dão, que nos remete totalmente para outros tempos.

Passeando pelas Terras de Besteiros (para saber mais sobre os besteiros, clique aqui ), depois de passar pela povoação de Campo de Besteiros, e procurando um dos pontos de partida para os vários percursos pedestres que se podem fazer por ali, começamos a seguir as indicações para Santiago. E começámos a descer, a descer, curvas e mais curvinhas, cada vez a descer mais, de tal modo que eu já só pensava como é que seria possível fazer o caminho de volta... mas esta descida aparentemente interminável é feita quase sempre por dentro do arvoredo, uma delícia. Finalmente, começamos a ver umas casas, e chegamos a antiquíssima povoação de Santiago de Besteiros.

A sensação que se tem é de estar totalmente fora da realidade, em tempos longínquos, mas é uma sensação tão boa!

Para finalizar o percurso, ficam imagens de Mouraz, mais uma aldeia antiquíssima no coração da Beira Alta, onde predomina o granito, o verde, o ar puro, uma paz imensa, um local de excelência para retemperar forças.


Nesta aldeia existe ainda a maravilhosa Casa da Câmara, casa também bastante antiga mas totalmente adaptada ao turismo rural, um local com todo o conforto, muitíssimo bem cuidado, e onde podemos ainda contar com a enorme simpatia do casal de anfitriões, que são realmente de uma afabilidade enorme. Também inesquecível o pequeno-almoço preparado pela D. Lídia, uma autêntica maravilha!
Por tudo isto, foram dias muitíssimo agradáveis. Poucos, mas bons.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O meu lugar



Pátria


Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma...
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.


Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés a fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras...

Miguel Torga, Diário II



Isto é o mais perto do que eu conheço como
"the place where I belong".
O meu lugar.



Os cheiros. As cores.
A neblina todas as manhãs.
As dádivas da Natureza.



Somewhere, there's a place where I belong.


O meu lugar.
É algures perto daqui.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Inferno é aqui



O Inferno instalou-se aqui. Há mais de um mês que este país está a ser vitimado por esta calamidade, fruto, na grande maioria dos casos, da já célebre mão criminosa. E o que é mais revoltante é que essa mão nunca é apanhada, fica sempre impune. As vítimas, os castigados, são as populações que ficam sem os seus bens, somos todos nós que ficamos sem essa riqueza que é a floresta, e são, principalmente, cúmulo da injustiça, os bombeiros, que combatem até à exaustão e, coisa que nunca deveria acontecer, combatem até perder a vida, como aconteceu nestes últimos dias. Quem vai pagar pela morte, naquelas circunstâncias horríveis, da jovem (tão jovem, meu Deus) bombeira de Lourosa, de 21 anos? E daquele outro bombeiro de Alcobaça? E por todos os outros, que sacrificaram a sua vida ao ajudar a combater os incêndios? E todos aqueles que ficaram gravemente feridos, quem vai pagar por isso? É muito injusto, muito revoltante. Será que é assim tão difícil apanhar os autores destes actos bárbaros? Se afinal, nalguns casos, as populações até dizem saber quem eles são? Então por que não os denunciam às autoridades? Porque é que só à boca baixa é que dizem que até sabem quem é? Têm medo de quê, afinal? Não vêem que essa gente precisa de ser punida? Quando é que isto vai ter um fim?




Mesmo assim, vejo com agrado que este ano, mais do que nunca, oiço várias pessoas, principalmente bombeiros, não terem medo de dizer claramente, alto e bom som, aquilo que todos nós sabemos, que a esmagadora maioria destes fogos são intencionais! Mas depois vêm os burocratas, os do sistema, deitar-nos areia para os olhos! O Sr. Ministro (OMG!) e outros que tais vêm falar em negligência, em foguetes, em festas e romarias, etc. e tal... que eu saiba, os foguetes são lançados nas vilas e aldeias, não no meio da mata...

Itálico
mas afinal a quem querem eles enganar? então e os fogos que surgem durante a noite, também são devidos aos foguetes e às altas temperaturas? Por favor, não nos tomem por parvos, não tenham medo de chamar os bois pelos nomes!













E o inferno também está aqui...

na Rússia







e aqui...











e aqui...

na China






E ainda em muitos outros locais da Terra, todos os dias...


É muito triste ver o resultado da ganância, irresponsabilidade e actos criminosos do ser humano,

ver o que eles fizeram a este planeta.

Será que alguma vez se lembraram que não temos outro?

sábado, 31 de julho de 2010

Obrigada!

Muito obrigada a todos pelas mensagens de parabéns, que nos deixaram muito felizes! :)


Um agradecimento ainda para a Cláudia Lima pela receita do bolinho, ficou uma delícia! Mesmo sem o cremor tártaro, que não conheço por aqui, ficou muito bom. Só não houve paciência para uma decoração mais elaborada... os morangos eram pequenos, deu mais jeito assim... mas não houve reclamações! :)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

9 anos

CArinhosa, sensível, emotiva, amiga, inteligente, ama de paixão a sua família e as pessoas a quem queR bem. A ponto de chOrar nas separações, ainda que por vezes as saiba breves. Adora os seus LIvros, e orgulha-se do excelente que teve a leitura. E eu também, claro. Aliás, tudo NA minha filha me enche de orgulho, por isso desculpem a baba... :)



Parabéns, Carolina!


sexta-feira, 18 de junho de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

(Re)descobrindo Lisboa

Jardim Bordallo Pinheiro, Museu da Cidade (Lisboa)

Um projecto concebido por Joana Vasconcelos, segundo uma ideia de Catarina Portas.
Baseado na obra do artista Rafael Bordallo Pinheiro.




Vale a pena visitar.

Ah, mas atenção. No interior do Museu, não deixe o seu filho/a sentar-se em nenhuma cadeira, senão candidata-se a ouvir um valente sermão da ultra-zelosa funcionária. ;)

segunda-feira, 24 de maio de 2010



Vila Ruiva, Baixo Alentejo

Maio 2010

Abundância de cores e cheiros

Conclusão: eu quero mesmo ir viver para o campo.

*****

Por sugestão da minha querida Amiga Heloísa, fui ver este vídeo de uma música linda interpretada por Elis Regina, e tive que o trazer para aqui. Acho que complementa perfeitamente as minhas fotos, além de ir ao encontro de um grande desejo: uma casa no campo!
Heloísa, esta música estava lá bem longe na minha memória. Obrigada por trazê-la de volta. :)