Que palavra tão feia e triste esta - PANDEMIA...
Palavra que se tornou parte do nosso vocabulário e do nosso dia-a-dia, desde o início do ano de 2020.
Uma vez que este blog está aos poucos a ressuscitar, e como de alguma maneira uma das suas funções é para mais tarde recordar, é inevitável falar da situação pela qual todos nós estamos a passar, está quase a fazer um ano...
É um texto para ler com alívio quando isto tudo passar, o que neste momento nem se imagina quando será, porque estamos precisamente no auge da propagação, há vários dias seguidos que os números não param de aumentar.
😥
COVID 19 - É este o nome da doença que já atingiu milhões de pessoas por todo o mundo, e que neste momento em Portugal está a atingir números altíssimos, que têm vindo a subir de dia para dia. Hoje, dia 28 de Janeiro de 2021, temos a lamentar a perda de mais 303 vidas para esta doença traiçoeira, este vírus com nome de coroa, que não se vê mas que tantos estragos está a provocar por esse mundo fora... Coronavírus foi o nome que lhe deram, e há quase um ano que não tem dado tréguas à Humanidade. Perda do paladar e do olfacto, dores no corpo, mal-estar geral, febre alta, tosse persistente, dificuldade em respirar.
Coronavírus |
Desde o início da presença do vírus em Portugal, que aconteceu em Março de 2020, já se registaram mais de 685.000 casos de infecção.
2020 foi aquele ano para esquecer. Pandemia, confinamento, comércio e serviços fechados, desemprego, economia a ir por água abaixo...
Objectos novos passaram a fazer parte da nossa rotina: máscaras, viseiras, álcool, álcool-gel, desinfectantes de toda a ordem.
Novos comportamentos tiveram que ser adoptados. Distanciamento social, etiqueta respiratória, lavagem frequente das mãos, desinfecção das mãos à entrada e saída de estabelecimentos comerciais. Aulas on-line.
Distanciamento, nada de contactos próximos, nada de beijos e abraços, a não ser àqueles mesmo mais chegados. Sob pena de estarmos a provocar uma situação potencialmente grave naqueles que amamos. Que tempos estes.
Estado de emergência. Sucessivos estados de emergência.
A introdução de fatos de protecção fez-nos entrar num clima de ficção científica, o pessoal da saúde mais parecendo a tripulação de alguma nave espacial.
Nos lares de idosos a situação também tem sido calamitosa. Largas centenas de infectados, muitas vítimas mortais. Os idosos são a presa favorita deste vírus. A debilidade do seu sistema imunitário é um campo fértil para o bicho se espalhar.
Na altura em que escrevo, a situação está realmente negra. Neste momento, novamente em confinamento, estamos expectantes e apreensivos em relação ao futuro. São permanentemente postas em causa as decisões dos governantes, mas de facto chegue-se à frente quem julgue que é fácil lidar com um problema desta dimensão. Sejam quais forem as decisões, há sempre quem não esteja de acordo.
Fecham-se as escolas. Metade da população aplaude e diz que já devia ter sido. A outra metade diz que não pode ser, as crianças não podem estar fechadas em casa, os danos psicológicos, e por aí fora...
Fecham-se os restaurantes. Já devia ter sido, dizem uns. Não pode ser, dizem outros. Protestos, greves de fome, a economia não aguenta...
Perante o crescimento descontrolado dos números, novo confinamento, fecha-se o comércio, serviços, quase tudo, em suma. Protestos, não pode ser, a economia não aguenta. Os outros: já devia ter sido, não devia ter havido tantas abébias no Natal, a culpa é do Costa. 😒
A culpa é sempre do Costa... 😀
E depois há os negacionistas. Jesus, para estes é que não há mesmo paciência nenhuma. Que isto é tudo uma grande farsa, que a imprensa está a empolar o assunto, que morreu mais gente de gripe em anos anteriores... As teorias da conspiração. Nem vale a pena comentar. É infrutífero.
Quando imagens como estas, a que assistimos diariamente (e que reflectem a luta constante dos profissionais de saúde tentando salvar vidas), não os convencem, não há muito a fazer.
O que temos a fazer é ter uma enorme gratidão por estes profissionais que têm trabalhado até à exaustão, com turnos seguidos, sem descanso, sempre num cenário de emergência, dando tudo para tentar salvar o maior número possível de vidas.
No entanto, há uma coisa que não se pode negar. À conta da COVID, e por causa do enorme número de profissionais de saúde destacados para esta doença, muitas outras enfermidades, algumas delas bastante graves também, acabaram por ser deixadas para segundo plano. Isto é uma verdade inquestionável, infelizmente.
A dificuldade em conseguir uma consulta, o adiamento de exames e cirurgias, o atraso no diagnóstico de muitas doenças, tudo isto está também a ter um impacto muito negativo em muitas vidas. É necessário encontrar um equilíbrio entre a luta contra a COVID e a luta contra todas as outras doenças, que não deixaram de existir.
No meio de tudo isto, surgiu a tão aguardada vacina.
Ironicamente, em Portugal, quando se esperava que o milagre da vacina viesse acelerar o fim deste pesadelo, eis que, coincidentemente, os números começam a aumentar cada vez mais, de dia para dia.
Neste momento, 18h55 do dia 20/01/2021, a situação é praticamente calamitosa. Veremos o que os próximos dias nos reservam, sem que possamos, apesar de tudo, perder a esperança.
💚
Informação Útil: Como se transmite a doença?
A COVID-19 transmite-se pessoa-a-pessoa por contacto próximo com pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2 (transmissão direta), ou através do contacto com superfícies e objetos contaminados (transmissão indireta).
A transmissão por contacto próximo ocorre principalmente através de gotículas que contêm partículas virais que são libertadas pelo nariz ou boca de pessoas infetadas, quando tossem ou espirram, e que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo.
As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada e, desta forma, infetar outras pessoas quando tocam com as mãos nestes objetos ou superfícies, tocando depois nos seus olhos, nariz ou boca.
Segue o link com toda a informação oficial fornecida pela Direcção-Geral de Saúde sobre a COVID - 19: Direcção-Geral de Saúde